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‘O mundo das artes sempre foi a minha casa’

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Estudante do curso técnico em design gráfico, Giovanna Ferreira fala sobre a importância da prática na economia criativa

A jovem Giovanna Ferreira, de 15 anos, sempre foi apaixonada por artes e queria aprender mais sobre moda, mas achava que não sabia desenhar bem o suficiente. Depois de ver a divulgação da oferta de vagas em uma nova escola voltada ao ensino técnico de artes em João Pessoa (PB), ela decidiu que esse era o caminho que deveria seguir. 

“Desde muito nova eu gostava de desenhar, pintar, dançar, e este mundo das artes sempre foi a minha casa. Quando vi a oportunidade de um ensino médio que englobava isso, disse a meus pais que era o que eu queria fazer”.

Aluna do segundo ano do curso técnico em design gráfico na Escola Técnica Estadual de Arte, Tecnologia e Economia Criativa, ela diz que a experiência está sendo incrível. “O curso desenvolve muito nossa criatividade e nosso lado artístico, como eu nunca tinha visto antes em outras escolas. Eles se importam muito com a forma como o aluno se enxerga no mundo e com a possibilidade de ele mudar sua perspectiva regional e o ambiente em sua volta. Para mim isso é incrível”.

Na escola, a formação inclui o curso em modalidade integrada, com disciplinas da formação geral básica e do currículo técnico. "Tem dias em que tenho aula de educação tecnológica e midiática e logo após tenho aula de geografia, como um curso do ensino médio normal", explica. Para Giovanna, essa abordagem faz toda a diferença, pois  torna mais animador ir para a escola, aprender coisas novas e diferentes. “Às vezes acontecem articulações, em que podemos colocar um olhar criativo nas disciplinas tradicionais. Tivemos uma aula em que pudemos fazer pintura para a aula de história e de sociologia”, conta.

Apesar do aparente contraste entre a espontaneidade da produção criativa e a prática do ensino técnico, Giovanna explica que os professores fazem questão de focar no lado prático da formação. "Eles sempre estimulam a gente a colocar a mão na massa, a se expressar enquanto aprende o conteúdo que é passado. A gente não aprende só por repetição, e temos uma abordagem de aprendizado muito dinâmica".

Segundo ela, a formação da criatividade é muito mais focada na questão da prática do que do talento dos estudantes. “Quando eu comecei, achava que não era boa o suficiente em desenho livre, mas os professores incentivam a gente a superar barreiras e me incentivaram a trabalhar do zero para desenvolver essas habilidades. Se estivermos abertos aos conhecimentos, conseguimos absorver mais sobre essa prática."

Essa formação técnica permite que Giovanna e outros jovens recebam uma formação para poderem se integrar à economia criativa, uma das economias emergentes não apenas por seu crescimento econômico e criação de empregos, mas também por sua capacidade de se vincular a mercados sustentáveis. A economia criativa abrange atividades artísticas e culturais com potencial para gerar trabalho e riqueza por meio de aspectos criativos. Entre essas atividades estão design, arquitetura, artes cênicas e visuais, mídias digitais, publicidade, produção editorial, moda, produtos audiovisuais, entre outros. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) classifica as áreas da economia criativa em três categorias: convencionais (mercado editorial e audiovisual), novas (videogames, publicidade, mídias sociais) e outras (artesanato e artes visuais). 

Giovanna conta que sua escola direciona a formação dos alunos, apresentando a experiência de carreira de artistas. “Os professores dizem que a gente não precisa ter medo do mundo do trabalho, que não é algo assustador, mas que é uma etapa natural da nossa vida. Eles nos preparam muito bem, nos dando autonomia para seguirmos o caminho que quisermos.”

(Depoimento dado à equipe do Itaú Educação e Trabalho, em abril de 2023)  

O Itaú Educação e Trabalho estabelece parcerias com as secretarias estaduais de Educação, oferecendo apoio técnico para viabilizar e aprimorar a oferta da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e a inserção digna no mundo do trabalho.  

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