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‘O curso técnico integrado prepara para a vida profissional’

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Para jovem técnico ambiental, ter aulas em período integral ajuda a se preparar para as exigências do mundo do trabalho

A rotina do técnico em meio ambiente Andrei Klohs é bastante corrida. Além de trabalhar com consultoria ambiental em uma empresa que oferece serviços de licenciamento de atividades, ele também está cursando ciências biológicas, então passa o dia trabalhando e tem aulas à noite na faculdade.

Além da própria formação teórica e prática, a experiência de estudantes que fazem curso técnico integrado com o ensino médio também é uma forma de preparar os jovens para as exigências de uma vida profissional.

“A experiência no curso integrado me ajudou a me preparar para a vida profissional. Eu tinha que ir para a escola ter aula pela manhã e à tarde, mas além disso tinha que estudar, elaborar trabalhos, fazer pesquisas, então já tinha uma carga extra que o aluno vai se acostumando a pegar o ritmo. E isso está sendo útil durante o período atual em que tenho a faculdade e a vida profissional”, contou.

Klohs fez o curso técnico em meio ambiente na Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato, em Taquara (RS). Ele se formou, fez estágio curricular obrigatório, que complementa o curso, e hoje trabalha na área de consultoria ambiental avaliando se empreendimentos podem ser levados adiante ou se podem gerar problemas para o meio ambiente. 

Ele explica que, no curso técnico em meio ambiente, adquiriu conhecimentos para atuar na área, conheceu a legislação, aprendeu a administrar o tempo e desenvolveu uma boa comunicação. “No meu dia-a-dia aplico muito do que aprendi no curso técnico, especialmente a legislação técnica, que é necessária ao fazer um relatório no meu trabalho atual. A formação técnica oferece o embasamento teórico necessário para o trabalho na prática.”

Segundo ele, passar pelo estágio foi essencial para a entrada no mundo do trabalho. “O curso oferece três anos de experiência teórica e prática, mas no estágio se tem contato o dia todo com o que é o trabalho de verdade. Assim a gente consegue a primeira experiência do mercado, e foi por meio dele que consegui o emprego, pois a empresa reconheceu meus atributos como estagiário.”

A opinião dele é compartilhada por seu chefe, o empresário Darwin Fagundes. Para ele, o estagiário é um profissional relevante, e este é o caso de Klohs, que é visto como parte importante do futuro da empresa. “Desde o início vi que ele era um profissional fenomenal. Ele aprende rápido, tem muito interesse, estuda bastante, vai atrás do material que ele pode vir a precisar usar no trabalho no futuro”, conta. “Tenho certeza de que ele vai ser um excelente profissional. A curiosidade vai fazê-lo decolar. Tenho planos de deixá-lo como gestor da empresa”, disse Fagundes.

“O estagiário é peça fundamental dentro das empresas de forma geral. A gente consegue passar o nosso conhecimento para eles, ajudar a formar o profissional em tudo o que acontece dentro da empresa. Ele leva para a vida profissional como um exemplo e uma orientação de como deve agir”, disse. 

De fato, cerca de metade das empresas declara que poderia contribuir com ensino técnico pela prática de trabalho, por meio de formações ou vagas de estágio ou aprendizagem, segundo a pesquisa Inclusão Produtiva de Jovens com Ensino Médio e Técnico: Experiências de Quem Contrata, que mapeou a percepção das empresas brasileiras sobre a contratação, a gestão e a formação de egressos do ensino médio e técnico-profissional.

De acordo com o estudo, de iniciativa do Itaú Educação e Trabalho em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymax e Plano CDE, esse interesse vem do fato de as empresas acreditarem ser mais vantajoso que novos cargos sejam ocupados por funcionários da própria empresa, para formar o jovem para que já conheça a cultura e o fluxo de trabalho dela. 


(Depoimento dado à equipe do Itaú Educação e Trabalho, em maio de 2023) 
 

O Itaú Educação e Trabalho estabelece parcerias com as secretarias estaduais de Educação, oferecendo apoio técnico para viabilizar e aprimorar a oferta da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e a inserção digna no mundo do trabalho.  

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