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“Quem se forma no curso técnico sai com um conhecimento científico sólido e alinhado às mudanças do mundo atual”

Novos retratos da EPT

Egresso do curso técnico em Meio Ambiente acredita que a Educação Profissional e Tecnológica e o ensino superior se complementam

A cidade de Belém (PA) passou por uma série de transformações e melhorias em sua infraestrutura ao se preparar para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), realizada no mês passado, em novembro. Para Igor Moraes, egresso do curso técnico em Meio Ambiente da Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará Doutor Celso Malcher, o evento representou um marco para a região. “A COP muda a forma como a sociedade entende e discute o meio ambiente. É fundamental ter cada vez mais pessoas envolvidas no tema”, afirma. “O pós-COP também será uma oportunidade única para profissionais formados em Meio Ambiente, especialmente para quem atua no estado do Pará”.

Hoje, estudante de Engenharia Química na Universidade Federal do Pará (UFPA) e presidente de seu centro acadêmico, ele conta que seu interesse pela temática ambiental começou quando cursou o ensino médio integrado ao técnico. “Sempre quis entender mais sobre o mundo e como ele impacta as pessoas, e a natureza é a parte central desse processo”, afirma, ao explicar por que escolheu a área. “A experiência foi além do que eu esperava. Não poderia ter tido oportunidade melhor do que a que eu encontrei”, conta. 

Moraes também destaca como o ensino técnico integrado marcou sua trajetória e ampliou suas possibilidades de formação. “Não existem desvantagens em fazer o técnico junto com o ensino médio, desde que seja um curso com o qual você se identifica”, destaca, contrapondo a ideia de que a formação técnica não pode caminhar alinhada a uma continuidade acadêmica no ensino superior. Para o estudante, as duas etapas se complementam. “As possibilidades que se abrem com o curso técnico, durante e após a formação, são amplas e não há motivo para se arrepender”, reforça.

O diferencial da escola Doutor Celso Malcher, para ele, está no caráter tecnológico e técnico da formação, que vai além do currículo básico e prepara os estudantes para acompanhar as transformações do mundo. “Quem se forma aqui sai com um conhecimento científico sólido e alinhado às mudanças do mundo atual”. Localizada dentro do campus da UFPA, a escola participa de atividades e projetos da universidade, incluindo o uso de laboratórios e outros espaços, visitas técnicas, além de recomendações de estágios e bolsas. Essa proximidade permite que os estudantes tenham contato com a universidade desde cedo.

Atualmente universitário, Igor segue conectado ao ensino técnico. Ele continua movimentando projetos da escola em que se formou, seja apresentando trabalhos ou levando sua equipe de Engenharia Química para realizar palestras. “Me enche de orgulho pensar que comecei da mesma forma que eles”, conclui.

(Depoimento dado à equipe do Itaú Educação e Trabalho em maio de 2024)

 
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