Egresso do curso de Guia do Turismo fala sobre a importância de um credenciamento e capacitação para trabalhar na área turística
Nascido e criado em Igarassu, região norte de Pernambuco, Jalles dos Santos Pereira, de 27 anos, é turismólogo e guia de turismo desde 2018. Tudo começou com um acaso. “Apresentei o centro histórico da cidade para um turista, que estava perdido, sem cobrar nada. Eu realmente só queria que ele tivesse uma visão boa da cidade,” diz, sobre sua primeira experiência com atendimento a um turista. “Quando ele agradeceu no final do passeio, eu enxerguei que tenho as informações que as pessoas precisam quando chegam na cidade e isso mudou minha visão. Pedi demissão do trabalho que tinha e entrei no curso (superior) de Gestão de Turismo”, conta ele.
No curso, ele criou um perfil no Instagram de turismo sobre Igarassu, para divulgar a cidade e seus passeios. Alcançou mais de 40 mil pessoas com a página. Na pandemia, porém, com a baixa do turismo, Jalles criou a Casa Igarassu, uma loja online de venda de artigos turísticos, que também se tornou uma hospedagem no centro histórico da cidade. No entanto, ele não concluiu o curso superior e optou, na época, por seguir os estudos na área com o curso técnico de Guia de Turismo, na Escola Técnica Estadual Jurandir Bezerra Lins.
De acordo com Jalles, foi na formação técnica que ele desenvolveu habilidades de relacionamento com o turista. “O curso oferece disciplinas voltadas a lidar com pessoas, a estar na rua, apresentar a cidade, coisas que o curso (superior) de gestão de turismo não tinha. Também me deu uma credencial e capacitação, pois hoje sou registrado pelo Ministério do Turismo para ser guia em Pernambuco.”
Jalles descreve as várias características de Igarassu que fazem do município um local atrativo, e cita como exemplos ter o maracatu e a igreja mais antiga do país - a Igreja dos Santos Cosme e Damião -, a primeira cachaça rotulada, entre outros.
“O curso proporcionou muitas mudanças na minha vida. Tinha uma boa estrutura, professores capacitados e visitas técnicas, que ajudaram muita gente a se empenhar a ir para a aula,” conta. “Com a capacitação do curso, a gente está realmente formalizado (pelo Ministério do Turismo) para poder trabalhar, sem medo de nada.”
(Depoimento dado à equipe do Itaú Educação e Trabalho em outubro e 2024)
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