“Aos novos colegas professores que se depararem com o tema de inclusão, estejam abertos a aprender”

Professora do curso técnico de Serviços Jurídicos adere a educação inclusiva em suas aulas

Chirlene Rodovalho é professora e coordenadora da base técnica do curso de Serviços Jurídicos do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IEMA Pleno de Bacabal (MA), e formada em Direito e Letras na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

Segundo a professora, o curso de Serviços Jurídicos contempla conteúdos básicos do direito como constitucional, administrativo e tributário, processo civil, penal, entre outros, tendo como visão ambos os âmbitos público e privado do direito. De acordo com Chirlene, o curso também é procurado por estudantes que não são de Bacabal e supre a demanda regional por serviços de escritórios de advocacia, escritório de contabilidade, cartórios, cargos de assessores e juízes.

Ela acredita que é importante mostrar a seus alunos a importância do curso técnico que leciona. “A gestão pública é o que faz a nossa vida acontecer. Quando precisamos de um atendimento eficiente em qualquer órgão público ou jurídico, o que está por trás é uma boa gestão pública”, explica.

De acordo com a professora, a partir dos conhecimentos obtidos em suas aulas, os estudantes se tornam capazes de provocar mudanças e melhorias onde moram. “Ter um jovem consciente de seus direitos e que possa fazer algo diferente na sua comunidade e realidade é muito importante e acontece bastante. Temos muitos alunos críticos, que sabem que para que a sociedade em que estão inseridos possa melhorar, depende muito deles.”

No momento da conversa com Chirlene, havia 19 alunos que precisavam de atendimento educacional especializado (AEE) no IEMA Pleno Bacabal. A escola conta com uma equipe composta por intérpretes de libras, professores de libras, acompanhantes, entre outros. “Saber que eu teria alunos com deficiências ou inteligências múltiplas me deixou com um pouco de medo. Será que eu iria prestar um trabalho adequado?”, comenta sobre a inclusão em suas salas de aula. Mas, ela afirma que se sentiu mais segura ao receber apoio da equipe e oficinas de capacitação para educar os estudantes. “Aos novos colegas professores que se depararem com o tema de inclusão, estejam abertos a aprender. O nosso esforço é reconhecido por estes alunos. A gente só tem o que aprender com eles.”
 

(Depoimento dado à equipe do Itaú Educação e Trabalho em setembro de 2023)
 

Conheça outras histórias da série Novos Retratos da EPT:
“Comigo, aqui na escola, as mulheres conseguem se ver em uma posição que antes da minha presença era inexistente”
“Podemos perder tudo, menos o conhecimento”
“Aprendizado nunca é pouco para quem quer vencer na vida”