Ferramenta foi desenvolvida pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social (LEPES) da USP de Ribeirão Preto em parceria com o IET
Um questionário disponibilizado pelo Observatório da EPT permite que jovens participem de uma avaliação sobre o quanto estão prontos para entrar no mundo do trabalho. A ferramenta permite diagnosticar e medir a prontidão para a vida profissional dos estudantes do ensino médio ou egressos, mensurando a condição de estarem prontos para trabalhar e se desenvolver no universo produtivo.
A ferramenta foi desenvolvida pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social (LEPES) da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto em parceria com o Itaú Educação e Trabalho (IET).
O questionário avalia três diferentes fatores da prontidão dos jovens: o nível de maturidade, de empregabilidade e de propósito. O teste traz, prioritariamente, algumas questões sobre o perfil do respondente, como a região em que vive, a idade, a cor e a formação escolar, se ainda estuda, se é casado ou solteiro, se mora com os pais. Em seguida, aplica algumas dezenas de questões em formato de afirmativas nas quais o respondente deve escolher uma única opção, explicitando seu nível de identificação (maior ou menor) com a afirmativa.
Ao final do teste, quem responde ao questionário recebe um relatório quantitativo e qualitativo. Os participantes da pesquisa têm, então, a oportunidade de conhecer melhor como estão suas competências para o mundo do trabalho e pontos para aprimorar ao longo da vida.
Na avaliação da maturidade, a ferramenta avalia o processo de amadurecimento dos indivíduos em relação à vida, incluindo descobertas de qualidades e fraquezas, de motivações e de tomada de decisão para sua entrada no universo produtivo.
Nesse fator, o questionário envolve 23 afirmativas como “tenho dificuldade para identificar as vantagens e desvantagens das opções profissionais que tenho”, “fiz meu currículo para procurar trabalho”, “sei qual a opção profissional que pode ser mais vantajosa pra mim” e “estou disposto a conseguir um trabalho”.
No quesito empregabilidade, o teste avalia o nível de prontidão para buscar, conquistar e manter um trabalho. Está relacionada às competências para realizar tarefas compatíveis com a formação do indivíduo, entender regras, códigos e funcionamento do mundo corporativo, bem como lidar com o inesperado (frustrações, estresse e situações não previstas).
Esta é a seção mais longa do teste, com mais de 60 afirmativas como “consigo resolver sozinho(a) os problemas que me aparecem”, “costumo deixar as coisas para a última hora”, “cumpro com aquilo que eu prometo” e “tenho facilidade em mudar meu ritmo de trabalho”.
A terceira e última parte do teste avalia o propósito dos jovens. Nesta seção, a intenção é entender o nível de prontidão para que a pessoa se realize e se desenvolva no mundo do trabalho. Está relacionada à fixação de objetivos de longo prazo, perseguição de metas e realização profissional, além de aprendizado com experiências vividas e capacidade de se adaptar a diferentes contextos no universo do trabalho.
Este fator inclui 37 afirmativas como “posso aprimorar minhas habilidades para quaisquer tipos de tarefa”, “preciso descobrir o meu propósito para trabalhar” e “sei como administrar as dificuldades que podem surgir no que eu planejei”.
O questionário é parte de uma iniciativa pioneira que busca compreender como a transição do jovem estudante para o mundo do trabalho acontece efetivamente. É baseada em um estudo que preenche uma lacuna nas dimensões de avaliação da educação básica, trazendo a importância da formação para o trabalho.