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Pesquisa inédita mostra que jovens com formação técnica têm mais emprego formal e evolução de carreira no Brasil

Maioria das empresas entrevistadas têm gestores que já ocuparam cargos técnicos

Foram apresentados hoje (15/03) os resultados da pesquisa “Inclusão produtiva de jovens com Ensino Médio e Técnico: experiências de quem contrata”, uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, Itaú Educação e Trabalho e Fundação Arymax, desenvolvida pelo Plano CDE. O estudo contatou mais de 800 empresas e ouviu gestores de RH de todo o Brasil para mapear e entender a percepção do setor produtivo sobre a contratação de egressos do ensino médio e técnico-profissional.

Uma das principais conclusões é que a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) viabiliza mais oportunidades de evolução de carreira para os jovens, em relação a quem concluiu apenas o Ensino Médio regular. 42% das empresas entrevistadas informaram que os jovens com formação técnica permanecem na companhia e evoluem de cargo e 61% delas têm algum gestor que já ocupou cargo técnico.

Entre as empresas, 52% consideram ‘experiência na função’ importante e seis em cada dez afirmam que um curso técnico é um diferencial na hora de selecionar um jovem funcionário.

Apesar da percepção positiva dos jovens com ensino técnico no mundo do trabalho, o estudo mostra que a contratação desses profissionais ainda é um desafio para o setor produtivo. Quatro em cada dez empresas consideram a contratação de jovens com ensino médio ou técnico difícil. A falta de qualificações técnicas e de experiência é a principal dificuldade para a contratação de jovens, seguida de competências socioemocionais aquém do esperado.

Outro importante dado da pesquisa é a forma como as empresas chegam até os jovens para a contratação: 45% preferem “indicações” e 22%, “sites de vagas”. Desta forma, o networking mostra-se importante para obter oportunidades de trabalho, o que representa um grande obstáculo para a inserção de jovens com maior vulnerabilidade social.

Um resultado animador é que o setor produtivo mostra-se aberto a contribuir com a formação dos jovens, já que 53% das empresas declararam que poderiam oferecer formação prática para alunos de ensino médio/técnico, por meio de formações ou de vagas de estágio ou aprendizagem (48%).

Mais destaques da pesquisa foram apresentados em um debate virtual mediado pela jornalista Mariana Aldano, com a participação da presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Helena Guimarães; da deputada federal Tabata Amaral; do especialista em políticas de emprego da Organização Internacional do Trabalho Aguinaldo Maciente; do professor do Insper, Sérgio Firpo; e do CEO da Accenture, Leonardo Framil.

Assista aqui ao evento na íntegra.