Objetivo do encontro foi trocar experiências, aprendizados e desafios sobre processos de monitoramento e avaliação de escolas com ensino técnico
O Itaú Educação e Trabalho promoveu, nos dias 22 e 23 de agosto, em São Paulo (SP), o evento “Monitoramento e Avaliação para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio”. Foi o primeiro encontro de uma Jornada que visa a construção da metodologia de Monitoramento e Avaliação (M&A) da qualidade da implementação da Política Estadual de Educação Profissional Tecnológica (PEEPT). Participaram representantes dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, que puderam trocar suas experiências, aprendizados e desafios sobre a implementação da Educação Profissional e Tecnológica.
O Grupo de Trabalho formado por equipes técnicas das redes estaduais de EPT tem como objetivo desenhar essa Sistemática de Monitoramento até o mês de dezembro deste ano, que irá avaliar, acompanhar e servir de insumo para a qualificação da PEEPT. O Itaú Educação e Trabalho irá apoiar tecnicamente os estados.
“Era uma intenção nossa pensar em formas de consolidar uma metodologia de monitoramento e avaliação que pudesse não só reunir as expertises de todos os estados, mas também construir juntos. Por isso, colocamos isso como uma premissa muito importante. Durante o encontro, percebemos que cada estado está em um estágio, com diversas potencialidades em alguns campos e desafios em outros, que poderão ser apoiados mutuamente. É um início de uma jornada muito importante”, afirma Raquel Nonato, Coordenadora de Gestão do Conhecimento do Itaú Educação e Trabalho.
Para Matheus Corassa da Silva, Coordenador de EPT do Espírito Santo, o encontro foi de grande importância, sendo a EPT uma agenda prioritária para o estado. “Vemos como um grande desafio acompanhar esse processo de sistematização e monitorar a frequência dos estudantes, o número de matrículas e os egressos que saem e vão para o mercado de trabalho. Nossa parceria com o IET vem no sentido de estabelecer essa política de EPT no estado. Outros estados estão mais amadurecidos e isso nos ajuda a enxergar o que eles têm feito e o que podemos usar como modelo para adaptar para nossa realidade. Já temos avançado na oferta de EPT em nosso estado, com parcerias com o Instituto Federal do Espírito Santo e com o Sistema S. Ter nossos estudantes em cursos técnicos de qualidade, em instituições com expertise de mercado, é um grande ganho para nós. Ainda temos outros desafios, como na oferta do ensino médio integrado, que enfrenta dificuldades como a contratação de professores e falta mão de obra qualificada. Mas, de maneira geral, enxergamos nossas potencialidades e os avanços que conquistamos”, explica.
Para João Kaio Cavalcante de Morais, Assessor Pedagógico da Subcoordenadoria de Educação Profissional (SUEP) do Rio Grande do Norte, o estado apresenta um grande potencial de desenvolvimento econômico e ambiental e a EPT vem nesse contexto de avanço. “Temos duas grandes redes ofertantes para a modalidade, a federal e a estadual, e ambas trabalham na perspectiva da EPT voltada para formação humana integral, tendo o trabalho como princípio educativo, a pesquisa como princípio pedagógico e a importância do currículo integrado. A nossa rede estadual tem maior capilaridade porque atende mais municípios e chega a lugares de maior potencialidade e com maior dificuldade na inserção dos jovens no mundo do trabalho. É nessa perspectiva que percebemos o potencial da rede estadual. Ainda temos inúmeros desafios na oferta da EPT, sobretudo na entrega de uma educação pública gratuita, e com maior qualidade, voltada para o mundo do trabalho e para as demandas do setor produtivo. Os estudantes precisam ser formados em uma perspectiva ampla”, afirma.
Ao longo do ano, segundo Raquel, serão realizados outros encontros de forma remota e online. “Nós, como apoiadores técnicos, nos dedicamos a dar esse suporte para que essa sistematização aconteça. Esse encontro marcou um grande momento para a realidade dos estados e para Educação Profissional e Tecnológica como um todo. Acreditamos que a EPT deva ser focada no protagonismo das juventudes e que, ao mesmo tempo, o currículo tenha qualidade e esteja antenada ao mundo do trabalho em constante transformação”, conclui a coordenadora.