IET apresentou pesquisas realizadas nos últimos anos e como elas podem inspirar tendências para a qualificação da EPT no Brasil
O Itaú Educação e Trabalho (IET) participou da 5ª edição da Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, realizada entre os dias 7 e 9 de outubro de 2025, em Brasília (DF). A gerente de implementação, Rita Carmona, foi uma das palestrantes do painel “Análise de cenários e pesquisas da evolução da EPT no Brasil”, e apresentou tendências e evidências sobre a evolução da modalidade educacional no país.
A atividade integrou o Encontro de Gestores Estaduais de EPT, parte da programação oficial da Semana Nacional da EPT, promovida pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Carmona fez um amplo panorama atualizado das principais pesquisas conduzidas pelo IET, nos últimos três anos, e refletiu sobre como seus resultados podem inspirar políticas públicas para a qualificação da Educação Profissional e Tecnológica em diferentes redes e territórios.
A gerente ainda mostrou dados que demonstram a relevância da EPT para o desenvolvimento nacional, tanto pelo lado econômico quanto pelos efeitos sociais e educacionais. Um dos estudos apresentados foi o “Potenciais efeitos macroeconômicos da expansão da oferta de ensino médio técnico” (2023), que projeta que triplicar o acesso ao ensino médio técnico pode gerar aumento de até 2,3% no PIB brasileiro, reforçando a importância de políticas públicas que ampliem e qualifiquem a oferta de cursos alinhados às demandas produtivas regionais.
Outro destaque apresentado foi a pesquisa “Inclusão Produtiva de Jovens com ensino médio e técnico: experiências de quem contrata (2021)”, realizada com a Fundação Arymax e a Fundação Roberto Marinho, que mostrou que o diploma técnico é um diferencial importante na empregabilidade e acelera o amadurecimento profissional dos jovens. O estudo destaca o reconhecimento da formação técnica pelos empregadores, mas aponta a necessidade de fortalecer as competências socioemocionais.
Carmona também falou sobre a necessidade da EPT estar em sintonia com as demandas do século 21 e mostrou dados do estudo “O futuro do mundo do trabalho para as juventudes brasileiras (2023)”, feito em parceria pelo Itaú Educação e Trabalho, Fundação Arymax, Fundação Roberto Marinho, Juventudes Potentes e Fundação Telefônica Vivo. O documento identificou as cinco economias emergentes que moldam o futuro profissional: economia verde, criativa, do cuidado, prateada e digital. Para a gerente do Itaú Educação e Trabalho, o avanço da EPT passa por formar profissionais preparados para essas novas economias, capazes de atuar em um mundo do trabalho cada vez mais transversal, tecnológico e sustentável.
Rita também ressaltou os desafios de acesso e equidade na distribuição da EPT no Brasil, e destacou a necessidade de estratégias de interiorização e alinhamento curricular com os potenciais econômicos locais. Ela citou como apoio à sua afirmação dados das pesquisas “Juventudes fora da escola (2024)” (realizada com a Fundação Roberto Marinho, Datafolha e Rede Conhecimento Social) e “Democratização da EPT no Brasil: análise sobre a oferta (2024)”.
Por fim, a gerente fez menção à pesquisa recentemente divulgada pelo Itaú Educação e Trabalho “Educação de Jovens e Adultos: acesso, conclusão e impactos sobre empregabilidade e renda (2025)”, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, que mostrou como a EJA é um instrumento poderoso de inclusão social e produtiva, elevando a renda e a empregabilidade de seus concluintes. “O Brasil vive em um momento estratégico para a ampliação e a entrega de uma EPT de qualidade, impulsionada pela convergência entre incentivos federais, atuação dos estados e a produção de conhecimento técnico e científico sobre o tema", concluiu Carmona.