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Dia da Educação: EPT é a ponte entre o jovem, o mundo do trabalho e a inclusão social

Institucional

Celebrado em 28 de abril, o Dia Nacional da Educação chama atenção para o potencial da formação técnica na inclusão produtiva de jovens

No dia 28 de abril é celebrado o Dia da Educação, uma data que nos faz refletir sobre o papel fundamental que o conhecimento desempenha na transformação dos estudantes e da sociedade. A educação pode ser uma ferramenta poderosa de inclusão e oportunidades e a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) se destaca como um dos principais caminhos para inserir os jovens no mundo de trabalho e combater a exclusão social.

“O curso técnico é essencial pois oferece uma introdução na área. No ensino superior, o aluno não vai aprender a mesma coisa, ele já vai para o avançado. Mas, o fundamental para ser um bom profissional e as experiências estão no curso técnico”, disse Cauan Costa, estudante do curso técnico em informática no Centro Estadual de Educação Profissional Rural Frei José Apicella, na cidade de Guadalupe, no Piauí. “Em lugares mais remotos, os cursos técnicos são uma oportunidade para quem não mora em uma capital e são a chance de poder seguir uma área”, comenta.

Oferecendo formação técnica e qualificação prática, a educação profissional prepara os estudantes para os desafios reais do mundo do trabalho. Em um país onde o desemprego ainda afeta milhões de pessoas, essa modalidade de ensino tem o potencial de reduzir desigualdades, abrir portas e ampliar horizontes. Jovens formados em cursos técnicos têm mais chances de conseguir o primeiro emprego e, muitas vezes, já saem da escola com experiência prática e mais próximos de uma carreira profissional, segundo a pesquisa “Inclusão produtiva de jovens com Ensino Médio e Técnico: experiências de quem contrata”, uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, Itaú Educação e Trabalho e Fundação Arymax.

O estudo “Potenciais efeitos macroeconômicos com expansão da oferta pública de ensino médio técnico no Brasil”, do Itaú Educação e Trabalho, aponta que se triplicado o acesso ao ensino médio técnico no país, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderia registrar aumento de até 2,32%, graças a um aumento da empregabilidade e rentabilidade dos trabalhadores a partir da formação profissional.

“Tenho noção de tudo que estou aprendendo nas aulas de engenharia mecânica, porque já vi anteriormente e vivenciei no técnico, tanto na parte teórica quanto na prática. Sair do ensino médio, com essa formação, foi extremamente importante para mim. É algo com um valor incomparável. As oportunidades e os empregos são muito melhores,” afirmou Damarys Gomes, egressa do curso técnico de mecânica industrial da escola EEEFM Arnulpho Mattos, de Vitória (ES), e atualmente estudante no curso de engenharia mecânica na Faculdade UCL, em Serra (ES), e auxiliar técnica na empresa GTOP. “Por meio do curso, tive a oportunidade de me inserir no mundo do trabalho muito jovem. Sem o técnico, não estaria onde estou.”

O estudo também indica que profissionais com ensino médio integrado ao técnico ganham, em média, 32% a mais do que aqueles que possuem apenas ensino médio tradicional. A pesquisa aponta que a taxa de desemprego entre os profissionais com ensino técnico é, em média, de 7,2%, enquanto entre os que possuem somente ensino médio é de 10,2%.

Com a aproximação do Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio, é importante lembrar da Educação Profissional e Tecnológica como um instrumento que pode não apenas beneficiar estudantes para a entrada e permanência no mundo do trabalho, mas também contribuir no desenvolvimento do país como um todo.

“Eu lembro das coisas que aprendi no curso, e isso me fez ter um olhar diferente para as coisas que aprendi. Porque ali eu estava como estudante, hoje eu estou como profissional da área”, comenta Matheus Rian Nascimento Soares, formado no curso técnico de administração pelo Centro Estadual de Educação Profissional Senador Jessé Pinto Freire (CENEP), em Natal (RN), que no momento trabalha como auxiliar financeiro na empresa Bio Croqui. “Eu recomendo a escola técnica porque você já vai sair com outro olhar para o mundo. A Educação Profissional e Tecnológica é libertadora e essencial”, conclui.