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Ana Inoue: Regime de colaboração para a EPT

Ana inoue
Artigo
Itaú Educação e Trabalho
Educação Profissional e Tecnológica
Plano Nacional de Educação
MEC

Em artigo, superintendente do Itaú Educação e Trabalho analisa como será possível ampliar o acesso à educação profissional de qualidade para as juventudes brasileiras

A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) tem um enorme potencial de transformação na vida de uma pessoa, sendo um impulso positivo para o desenvolvimento e o crescimento profissional. Nos últimos anos, a EPT conquistou grandes avanços, entrou de fato na agenda educacional e está presente no debate nacional. Em 2024, deve ser regulamentada a Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica e o Congresso deve debater o novo Plano Nacional de Educação (PNE), com pontos importantes para a educação profissional. Ainda assim, há poucos jovens com acesso a uma educação profissional de qualidade – apenas 12% dos que cursam o ensino médio. Por outro lado, em escuta do MEC realizada no ano passado, mais de 80% dos jovens elegeram a educação profissional como prioridade. Nesse contexto, a democratização da educação profissional de qualidade deve ser percorrida. Esta é a reflexão que Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho, faz em sua coluna mensal no jornal Valor Econômico, publicada nesta sexta-feira (16/02), com o título “Regime de colaboração para a EPT”.  “Os jovens de hoje, adultos de amanhã, serão os responsáveis pelo país em pouco tempo; o futuro do país depende das oportunidades que as juventudes tiverem; a educação profissional é uma etapa importante para a formação das juventudes e para o país”, afirma. Para garantir a ampliação da EPT, para alcançar esses jovens, a superintendente do IET sinaliza que é fundamental ter a consciência de que só será benéfico se tiver simultaneamente qualidade, alinhamento com as expectativas de desenvolvimento profissional das juventudes e com o mundo do trabalho (modernidade). E que só será possível se houver um elemento essencial: colaboração. 

Inoue chama a atenção para a discussão sobre o Sistema Nacional de Educação, que debate o Regime de Colaboração em torno da educação, definindo responsabilidades para estados, municípios e União. “No caso da educação profissional, temos uma realidade que transborda do campo educacional para o campo do trabalho, mas exige igualmente colaboração entre partes distintas, visando preservar a qualidade e avançar na democratização do acesso”, comenta. 

No texto, a autora reforça que qualquer política de formação profissional para as juventudes terá que passar necessariamente pelas redes estaduais, onde estão a maioria dos jovens matriculados. Além disso, ela destaca, também, que precisam estar presentes nesta construção o setor produtivo e as redes que já fazem educação profissional, como os Institutos Federais e o Sistema S, referências no cenário brasileiro não apenas por serem os principais ofertantes de educação profissional, mas principalmente pela qualidade do que fazem e pela perspectiva de escala que oferecem. São instituições que sabem formar professores, avaliar cursos técnicos, incorporar novas práticas com agilidade e dialogar com diferentes setores. “Não ampliaremos a escala da educação profissional no tempo que precisamos sem colaboração entre estas partes. Mais do que desejável, é necessário. Tendo as juventudes a favor da EPT e um regime de colaboração entre redes estaduais, ofertantes nacionais de educação profissional e setor produtivo, temos um caminho promissor para promover a expansão da oferta de formação técnica e profissional de qualidade. E mudar o destino deste país”, conclui. 

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