Ana Inoue: O trabalho do futuro e as juventudes

Em artigo, a superintendente do Itaú Educação e Trabalho defende a expansão e democratização da formação de jovens alinhada a novas economias

O mundo está passando por grandes transformações. Novas economias acompanham mudanças demográficas, no padrão de globalização e consumo, além das climáticas e que​ abrem caminhos para novas carreiras em áreas como sustentabilidade, saúde integral, de cuidados, economia criativa, tecnologia e a chamada economia prateada, que considera atividades econômicas que têm como público consumidor as pessoas com 50 anos ou mais. “Essas constantes transformações que vivemos evidenciam que sempre haverá oportunidades de trabalho, por mais que os cenários mudem. A questão é se estamos cuidando dos nossos jovens para que estejam aptos a aproveitá-las”, diz a superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue, em artigo publicado no dia 22 de março em sua coluna mensal no jornal Valor Econômico, com o título “Trabalho do futuro e as juventudes  ”.

No texto, Inoue apresenta dados alarmantes do estudo “O Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”, realizado pelo Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymax, Fundação Telefônica Vivo, GOYN SP, executado pelo Instituto Cíclica em parceria com o Instituto Veredas. O estudo revelou que, para a maioria das organizações da sociedade civil que trabalham com a inclusão produtiva das juventudes, os cursos de formação profissional não são atualizados e sintonizados com as vagas existentes no mundo do trabalho. Além disso, mais de 76% dizem que os jovens estão mal-informados sobre as carreiras do futuro e como o mundo do trabalho funciona. “Há um gargalo que custará caro para nós como país e, principalmente, para estes jovens que estão em formação – ou deveriam estar - e terão seus futuros prejudicados”, avalia Inoue.  

A superintendente do IET alerta que é urgente o Brasil expandir e democratizar a formação para o trabalho para as juventudes, alinhada a essas economias emergentes e aos anseios dessa parcela da população. “O futuro do trabalho para nossas juventudes está sendo construído todos os dias. O Brasil próspero que queremos ser amanhã depende dos jovens de hoje”, diz.

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