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Ana Inoue: Inação e desigualdades

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Em artigo, a superintendente do Itaú Educação e Trabalho questiona a inação do setor produtivo diante das desigualdades

O Brasil sabe que perde muito por causa da manutenção das desigualdades, e o quanto elas são nefastas para a sociedade. Mesmo assim, o país segue mantendo as estruturas que sustentam essas desigualdades, e resiste às mudanças necessárias, atrasando o desenvolvimento.  Em sua coluna mensal no Valor Econômico, com o título “Inação e desigualdades”, a superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue, critica a falta de medidas que possam combater este problema. 

“O Brasil paga um alto preço pela falta de promoção da diversidade e inclusão, principalmente na educação e no mundo do trabalho. Esse custo se reflete em perdas econômicas significativas, além de prejudicar milhões de pessoas”, diz Inoue. 

No texto, publicado em 21 de junho, Inoue ressalta as perdas geradas pelo país a partir dessa inação diante do desafio de lida com as desigualdades. Além disso, ela reflete sobre o desenvolvimento ser medido apenas por indicadores econômicos, “mas também pela capacidade das pessoas de alcançar seu potencial e ter acesso a oportunidades significativas”, citando o economista e filósofo indiano Amartya Sem. A partir desse cenário, a superintendente do IET fala sobre o volume de perdas a partir da inação, a exemplo da evasão escolar, que resulta em perdas acumuladas de 3,3% do PIB, cerca de R$220 bilhões por ano, segundo estudo coordenado por Ricardo Paes de Barros e Samuel Franco, e que o país poderia ganhar cerca de R$ 135 bilhões por ano se a grande maioria dos jovens concluísse o ensino médio até os 24 anos.

Segundo ela, a boa notícia é que há mudanças em curso, especialmente pelo compromisso de muitas empresas com práticas ESG que colocam “o Brasil na órbita da consciência mundial de responsabilidades social, empresarial, ambiental e educacional, diz. 

A superintendente do IET chama a atenção para a importância de ampliar esta tendência nacionalmente.O setor produtivo já é um importante agente da mudança quando falamos em diversidade, equidade e inclusão. É urgente ampliar a consciência sobre os custos e prejuízos da inação frente às desigualdades, torná-las inaceitáveis e mobilizar os que ainda se encontram paralisados para que, assim, possamos mudar essa realidade a tempo. Isso é fundamental para garantir um futuro às nossas juventudes. A manutenção das desigualdades é uma doença que impede o desenvolvimento do país”, argumenta.

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