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Ana Inoue: 2025 será um ano auspicioso para a EPT

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Em artigo, superintendente do Itaú Educação e Trabalho analisa os avanços da educação profissional no Brasil e o que esperar para o próximo ano 

Os avanços evidentes que marcaram 2024 para a modalidade da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no país, no âmbito federal e estadual, nos permite ter um olhar otimista para 2025. Esta é a reflexão que Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho, propõe em sua coluna mensal no jornal Valor Econômico, publicada na sexta-feira (13/12), com o título “2025 será um ano auspicioso para a EPT”.

Entre as boas notícias sobre EPT neste ano, no âmbito federal, tivemos políticas determinantes que entraram em pauta, como a proposta de lei para a Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (PNEPT), que coloca a modalidade de ensino em outro patamar de desenvolvimento. Foi instituído pelo Ministério da Educação (MEC), em abril, o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI), responsável por produzir subsídios e entregar um relatório final para a construção da PNEPT. O GTI reuniu representantes de ministérios, conselhos, instituições de ensino, setor produtivo, organizações não governamentais e associações de trabalhadores e estudantes. Foram cinco meses em que os grupos discutiram e validaram os principais pontos organizados em cinco eixos. “A boa notícia é que o documento chegou às mãos do ministro Camilo Santana em novembro, será analisado e lançado publicamente em breve. Desta forma, 2025 deve começar fazendo valer o marco referencial, em um esforço conjunto e coletivo do GTI e caminhando com firmeza para a constituição da Política Nacional de EPT”

Outro movimento importante, como aborda Inoue no artigo, foi o lançamento do Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), pelo governo federal, que revisa os termos da dívida dos estados e Distrito Federal com a União para que estes entes federados realizem como contrapartida principal o investimento em EPT. “O programa tem potencial para direcionar bilhões de reais à formação profissional das juventudes e acelerar o desenvolvimento da EPT de qualidade”, afirma.  

Já no âmbito estadual a superintendente reforça que houve governos comprometidos em ampliar suas políticas de educação profissional e em trazer novas oportunidades para as juventudes, como o Piauí, que se propôs a meta de ter EPT em 100% de suas escolas de ensino médio. “O governo estadual tem feito disso uma prioridade e se dedicado e se comprometido publicamente a atingir esta meta. Os avanços têm ocorrido e, atualmente, 37,5% da rede estadual de educação oferece EPT nas escolas”, comenta.  

Diante do momento de fortalecimento da EPT, Inoue observa também os desafios e destaca dois deles, estratégicos e ainda a superar: a qualidade dos cursos e a dificuldade de acesso. “A EPT precisa ser democratizada e estar ao alcance de toda a população. Uma pesquisa recente do Itaú Educação e Trabalho mostrou que apesar do seu potencial, a modalidade não chega para todos e os mais prejudicados são os jovens em situação socioeconômica vulnerável.  Temos, ainda, muito a caminhar e o diálogo do setor produtivo com a educação profissional é determinante para que a EPT possa estar sempre atualizada, com uma formação alinhada com as fronteiras das novas economias”. 

Ao final do texto, a superintendente faz referência ao fato de que o Brasil sediará a COP30 no ano que vem e irá liderar as discussões sobre a questão ambiental e emergência climática, ressaltando a necessidade da educação estar mais presente no debate para enfrentar a urgência e a condição emergencial que o tema impõe. “Precisamos aproveitar as oportunidades e criar novas para engajar as juventudes nas questões ambientais, fortalecer sua consciência e prepará-las para enfrentar os desafios ambientais. Os avanços no campo da EPT permitirão ampliar as oportunidades oferecidas às nossas juventudes e criar um futuro mais auspicioso para o país. Precisamos fazer a nossa parte: priorizar o que é sustentável e justo, nos engajar com a construção deste futuro para o país e crescer o compromisso com as juventudes. A educação e o trabalho fazem parte da solução para termos um país com prosperidade. É preciso ressaltar que ambos, educação e trabalho, articulados, podem mudar o nosso país para melhor!, conclui. 

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