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“A educação profissional na Agenda de Ação Global”

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Em coluna mensal no jornal Valor Econômico, Ana Inoue reflete sobre o papel da educação profissional em um futuro marcado pelas mudanças climáticas

A expansão e o aprimoramento da oferta de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) precisa estar alinhado ao desenvolvimento sustentável e as mudanças que o mundo e a sociedade vão enfrentar graças às mudanças climáticas. Esta é a reflexão que Ana Inoue propõe em sua coluna mensal no jornal Valor Econômico, publicada na sexta-feira (11/07), com o título “A educação profissional na Agenda de Ação Global”.

Inoue inicia seu artigo dando destaque a eventos globais que têm o objetivo de propor soluções aos efeitos vividos pela mudança climática, como a Brazilian Week, em Nova York, a London Climate Action Week, em Londres, a Conferência do Clima de Bonn (SB62), realizados recentemente, e a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que vai acontecer em Belém (PA), ainda este ano. Inoue menciona a Agenda de Ação Global referenciada no Balanço Global resultante da COP 28 de Dubai que será apresentada na COP30, mais especificamente, ao item 18 dessa agenda: “Educação, formação e criação de trabalhos/empregos para enfrentar as mudanças climáticas”.

Há uma oportunidade aqui a ser aproveitada que é incluir na formação técnica de alta qualidade as carreiras que se abrem na agenda climática”, afirma, aplicando o item ao cenário da EPT no país. Ela defende que a expansão e a consolidação da educação profissional nos estados precisam se atentar às demandas dos jovens e do setor produtivo do século XXI, alinhado à agenda climática. “Haverá muito trabalho a ser feito, criado, adaptado e, vale ressaltar, com um propósito relevante, que é diminuir o sofrimento da humanidade gerado pelas mudanças climáticas.”

Inoue ainda salienta que a qualidade do ensino profissional não pode ser deixada de lado, sendo a chave para garantir que a modalidade possa promover efetivo desenvolvimento social, diminuir desigualdades, dar espaço para a inteligência, criatividade, força e energia das juventudes. “Os empregos e novos trabalhos que precisarão ser criados para fazer frente às demandas e impactos das mudanças climáticas são novos e situados em muitas e diferentes áreas e cadeias produtivas,” afirma, destacando a importância de fortalecer iniciativas que articulem diferentes setores da sociedade em frente ao contexto do meio ambiente.

Como exemplo, ela menciona o curso técnico da Cadeia Produtiva do Açaí desenvolvido no Pará, que serviu como inspiração para a criação de um Currículo de Referência em Bioeconomias, desenvolvido com apoio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). “É um modelo para ser replicado em demais estados conforme suas potencialidades e riquezas locais, olhando para a transição sustentável. A geração de crescimento econômico e bem-estar social, partindo do potencial da bioeconomia, está no DNA desse currículo, que promove, também, a conservação do ecossistema. A partir dessa matriz de ensino, o propósito é permitir que as juventudes formadas sejam agentes de transformação,” escreve.

No artigo, termina defendendo que os jovens, ao serem inseridos no mundo do trabalho em carreiras produtivas sustentáveis, possuem papel essencial na defesa do meio ambiente e desenvolvimento do país. “A COP30 no Brasil está chegando e a EPT pode se fazer presente e ter um papel importante nos debates deste encontro, avançando na busca de soluções relacionados ao clima. A EPT já está também na Agenda de Ação Global. Precisamos fazer com que ela aconteça. Com urgência e excelência!”

 

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