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Ana Inoue: Mais do que nunca, a hora da EPT é agora

Ana inoue
Educação Profissional e Tecnológica
Juros por educação
EPT
Valor Econômico

Em artigo, superintendente do Itaú Educação e Trabalho celebra movimentos recentes importantes para o avanço da EPT

Para que as juventudes consigam trabalhos dignos precisamos garantir a elas uma perspectiva real de desenvolvimento pessoal e profissional. A grande maioria (75%) dos jovens não têm acesso ao ensino superior e não há vagas para todos. Nesse sentido, a educação profissional de qualidade vem como uma parte dessa solução. Esta é a reflexão que Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho, faz em sua coluna mensal no jornal Valor Econômico, publicada nesta sexta-feira (12/04), com o título “Mais do que nunca, a hora da EPT é agora”.  

Segundo Inoue destacou no artigo, o Brasil está diante de um momento muito importante e potente para o avanço da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) com qualidade, e alguns movimentos recentes merecem ser celebrados: 1) o debate em torno da EPT na proposta da Política Nacional de Ensino Médio, aprovada na Câmara dos Deputados e que ainda passará pelo Senado, explicitou que a educação técnica é um desejo das juventudes brasileiras, como apontou a consulta pública sobre o Ensino Médio organizada pelo Ministério da Educação, referendando o resultado de outras pesquisas, e fortalecendo e consolidando essa modalidade de ensino na educação básica; 2) o programa “Juros por Educação”, anunciado recentemente pelo Governo Federal, vem se somar como uma iniciativa inovadora de política pública com potencial para direcionar bilhões de reais à formação profissional das juventudes e acelerar o desenvolvimento da EPT de qualidade; 3) e, por último, a publicação do Decreto 11.985/2024, que institui o Grupo de Trabalho Interinstitucional com a finalidade de subsidiar a construção da Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, no âmbito da lei 14.645/2023, que dá condição para iniciar as atividades previstas na legislação. 

Porém, a superintendente alerta para alguns pontos de atenção. O primeiro deles é respeitar e proteger o princípio da qualidade com equidade, ou seja, garantir a educação pública de qualidade para todos. “A ampliação da carga horária de Formação Geral Básica (FGB) na Política Nacional de Ensino Médio é muito bem-vinda! O desafio está em garantir condições iguais aos estudantes independentemente do Itinerário Formativo escolhido, proporcionando igualdade de oportunidades, em especial à carga horária da FGB e às avaliações e processos seletivos nacionais, não prejudicando o jovem que optou pela EPT e não inviabilizando a formação técnica profissional”, explica. 

Outro ponto que requer atenção é a ampliação da articulação entre educação e trabalho dentro do Ensino Médio. “É fundamental que haja esta articulação, dando espaço para que a dimensão do trabalho seja tratada de forma integrada à formação geral. No entanto, será importante garantir a implementação do conceito de trabalho como princípio educativo, no âmbito de uma política pública”, esclarece. 

Inoue também reforça que, no programa Juros por Educação, será preciso garantir que essa redução de juros seja compensada pelo investimento, especificamente, para a Educação Profissional e Tecnológica e que considere não apenas a sua expansão, mas também a qualidade da oferta. “Para isso, será fundamental construir mecanismos de acompanhamento e controle nos estados”. 

Em sua análise, o país nunca deu tanta atenção para a EPT como hoje, com a modalidade na agenda educacional e nacional e a hora da EPT é agora. “Os jovens desejam uma EPT robusta, de qualidade e que responda aos seus anseios e às necessidades do Século XXI. E o país precisa de uma juventude bem-preparada para alcançar o futuro promissor que tanto queremos e merecemos como sociedade. Precisamos de atenção e colaboração”, conclui Inoue. 

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